Todo mundo sabe que pé de coelho dá sorte, mas pra Dimba, o seu amuleto era o dente.
Nossa,
como aquele dente lhe deu sorte! Vocês não vão acreditar, mas foi
graças ao seu dente, que ele se tornou o Coelhinho da Páscoa.
Todo
dia ele passeava pela sua plantação de cenouras e enquanto passeava,
experimentava uma aqui, outra ali, uma dentada nessa, outra naquela e, o
seu dente ia ficando cada vez mais limpinho, afiado, forte e brilhante.
Tão brilhante que chamou a atenção de um dentista que passava ali por
perto.
Era o Dr. Dagoberto, que convidou Dimba pra trabalhar com ele.
Dimba aceitou na hora e pensou:
– Oba, vou ser garoto-propaganda!
Quando
Dimba chegou ao consultório, ficou logo ali na porta da entrada. Sorria
pra todos que passavam e, não tinha um que não entrava e pedia pra ter
dentes tão brilhantes e sadios como os de Dimba.
Não demorou muito e, Dimba já conhecia a população da cidade inteira, mas o seu dente continuava a ser o mais bonito de todos.
Até
que um dia – uma semana antes da Páscoa – logo que chegou ao
consultório de manhã, Dimba ouviu um lamento que vinha da sala de
espera:
– Ai, ui, ai, ai, ui, ui, o que eu vou fazer?
Dimba ficou curioso e foi entrando, até que viu sentado na poltrona, um Coelho velhinho que ele nunca havia visto pela cidade.
Assim
que o Coelho o enxergou, correu para abraçá-lo e começou a pular ao seu
redor como se tivesse dez anos de idade. Dimba não entendeu nada e,
entendeu menos ainda, quando aquele coelho-senhor olhou pro seu dente e
lhe deu um baita beijo.
– Ai meu Deus, o senhor é doido!
Pascoalino se apresentou e lhe deu um crachá com os dizeres: CONTROLE DE QUALIDADE e, um avental branquinho.
Falou
que não tinha muito tempo pra se explicar; só disse que seu ajudante
precisou viajar e, que a Páscoa era dali a uma semana. Dimba deveria se
vestir, colocar o crachá e acompanhá-lo.
Dimba não pensou duas vezes e correu atrás de Pascoalino – porque quando o viu mais de perto, logo o reconheceu.
Pasmem! Sentem-se pra não cair! Ele, o coelho-senhor, era nada mais, nada menos, do que o Coelhinho da Páscoa.
Sim
senhores, aquele mesmo que vemos na televisão, na internet, no
supermercado e espalhado pela cidade em outdoors. O próprio, em carne,
osso e pelo – muito peludo e fofinho por sinal.
– Oba, vou ser ajudante do Coelhinho da Páscoa!
Mais
uma vez seu dente lhe trouxe sorte e, Dimba passou a semana inteira
mordendo vários tipos de ovos de chocolate: aprovando uns e desaprovando
outros – não podiam ser duros demais e nem quebrarem à toa. Tinham de
estar no ponto. E Dimba tinha dentes perfeitos pra essa tarefa!
E,
foi assim – entre cenouras, verduras, ovos de chocolate e visitas ao
consultório do doutor Dagoberto – que Dimba se tornou o Coelhinho da
Páscoa quando Pascoalino se aposentou.
– Oba, vou ser Coelhinho da Páscoa – gritou Dimba de alegria.
Desse dia em diante, todo dia é dia de Páscoa pra Dimba e seu dente.
E ele recomenda: chocolate, só na sobremesa e, sempre depois das cenouras e verdurinhas!
Ah!
Tem uma coisa que ninguém sabe (ou sabia até então) sobre o Coelhinho
da Páscoa: ele tem um hobbie! Usa tudo quanto é tipo de material
descar†ável que sobra do supermercado depois da Páscoa, pra fazer uma
porção de presentes para os seus amigos (às vezes ele fica cansado de só
distribuir ovos de chocolate...).
Vejam a seguir, algumas de suas invenções. Tem algumas que são para a Páscoa, outras para o Carnaval e muitas para o dia-a-dia.
Quem disse que o Coelhinho da Páscoa só sabe fazer ovos de chocolate?
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