Fantoches, Dedoches e Marionetes com Sacolas Plásticas
Nível de Dificuldade: Difícil
Consulta: Categoria (Fantoche), Diferenciação (Dobradura), Material Descartável (Sacolas Plásticas), Nível de Dificuldade (Difícil)
Vamos precisar de:
- 1 sacola plástica
- Papel cartão ou cartolina
- Papel sulfite Colorido
- Algodão
- Barbante ou fita K7
- Tesoura sem ponta
- Grampeador
- Cola branca
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Dobre
em três (no sentido vertical) uma folha de sulfite A4 (21cm X 29cm)
para fazer o rosto do menino, como mostra a ilustração. E depois essa
mesma folha em quatro, só que no sentido horizontal dessa vez (continue
seguindo a ilustração). Na parte de cima você colará os olhos (feitos de
algodão) e o cabelo (serão de barbante, lã ou de fita K7 se tiver em
casa) e na parte de dentro desenhará os dentes e a língua que aparecerão
quando a boca estiver aberta.
- Corte
uma tira de aproximadamente 10 cm X 29 cm numa cartolina ou papel
cartão. Desenhe nas extremidades os dedos da mão do menino e corte-os em
seguida. Pinte com os marcadores de retroprojetor. Você acabou de fazer
os braços do menino.
- Pegue
uma sacola plástica (sem escritos), vire-a de cabeça para baixo e
dobre-a sobre os braços do menino (é a tira de cartolina ou papel
cartão), como mostra a ilustração. Grampeie o rosto (papel sulfite
dobrado) na sacola plástica e na tira de cartolina ou de papel cartão
(braços). Grampeie tudo junto. Deixe um espaço para você colocar o
polegar (na dobra de baixo do papel sulfite). É assim que você
conseguirá abrir e fechar a boca, fazendo de conta que ele fala. O
polegar fica dentro da dobra de baixo e os outros 4 dedos ficam na dobra
de cima.
- Com
os marcadores de retroprojetor, pinte a roupa do menino na parte da
frente da sacola plástica. Você já tem uma companhia para o fantoche
fantasma.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Sacolas Plásticas
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Fantoche), Data Comemorativa (Halloween),Material Descartável (Sacolas Plásticas), Nível de Dificuldade (Médio)
Vamos precisar de:
- 1 rolo de papel higiênico
- 1 sacola plástica
- 1 embalagem plástica de leite fermentado
- 1 elástico de escritório
- Retalhos de tecido
- Estilete (peça ajuda a um adulto ao usá-lo)
- Tesoura sem ponta
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte
ao meio um rolo de papel higiênico (comece desenhando com um lápis ou
caneta o meio do rolo, depois faça um talho com o estilete – peça ajuda a
um adulto – e termine cortando com a tesoura).
- Desenhe
de um lado um rosto assustado e do outro lado do rolo, um rosto
assustador (viu a diferença?). Quando você estiver encenando uma peça
teatral com seu fantoche fantasma vai poder fazê-lo mudar de expressão
(é só girar o rolo de papel higiênico).
- Pegue
uma sacola plástica (de preferência sem escritos), vire-a de cabeça
para baixo e com a tesoura faça um buraco no meio do fundo como mostra a
ilustração.
- Corte franjas nos dois lados de um retalho de tecido retangular.
- Encaixe
na abertura feita embaixo da sacola plástica, uma embalagem plástica de
leite fermentado (com o bocal para baixo: é aí que você vai colocar o
dedo indicador e fazer a cabeça do fantasma de mexer).
- Prenda a embalagem plástica de leite fermentado com um elástico de escritório à sacola plástica (dê duas voltas por dentro).
- Agora é só colocar o tecido já recortado e o rolo de papel higiênico por cima da embalagem plástica.
- Invente uma história, faça outros fantasmas e encene a sua peça para os amigos e familiares.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Pets
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Marionete), Material Descartável (Garrafas PET), Nível de Dificuldade (Médio), Tipo de Animal (Dragão)
Vamos precisar de:
- 3 garrafas pet de 1,5 l
- 15 palitos de dente
- Durex colorido
- Barbante
- Ferrinho revestido usado para fechar embalagens de pão de forma
- Prego quente e alicate para furar a pet (peça ajuda a um adulto)
- Tesoura sem ponta
- Estilete (peça ajuda a um adulto ao usá-lo)
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Pode-se
usar as partes do meio que sobraram das garrafas pet usadas para fazer
as estrelas de Natal (postagem do dia 13 de dezembro de 2015).
- Com
o prego quente e o alicate faça sete furos no alto de cada garrafa pet
como mostra a ilustração. Colocaremos aí os palitos de dente que serão
as espinhas dorsais das costas do dragão. O primeiro furo e o último
serão usados para ligar um pedaço do corpo ao outro (usaremos os
ferrinhos revestidos para uní-los).
- Una
com os ferrinhos as partes do corpo do dragão e passe um pedaço de
barbante pelo furo da testa para que possamos puxá-lo (dê um nó nas
pontas).
- Pegue
quinze palitos de dente e coloque um em cada furinho das costas do
dragão (serão as espinhas da coluna vertebral dele). Em cada ponta dos
palitos, coloque um pedaço de durex colorido para não deixar que caiam.
Pode enfeitar o corpo com pedaços de durex colorido.
- Com
os marcadores de retroprojetor pinte as escamas e o rosto do dragão.
Brinque à vontade, puxando, arrastando e serpenteando o seu dragão.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Embalagens Plásticas
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Dedoche), Data Comemorativa (Dia do Índio), Material Descartável (Embalagens Plásticas), Nível de Dificuldade (Médio)
Para cada dedoche, vamos precisar de:
- 1 embalagem plástica de leite fermentado
- 4 clips de papel
- Retalhos de tecido ou papel crepon
- Durex colorido
- Tesoura sem ponta
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Una dois clips de papel. Faça isso com mais outros dois. Cada par de clips unidos será um braço do índio.
- Pegue
uma embalagem de leite fermentado e vire-a de cabeça para baixo.
Coloque um par de clips de cada lado dessa embalagem e fixe-os com durex
colorido (o clips de baixo vai ficar solto, enquanto o de cima ficará
preso ao corpo, embaixo do durex).
- Pegue
dois retângulos de tecido e corte franjas como mostra a ilustração.
Coloque uma em cima e outra embaixo da embalagem plástica e fixe-as com
durex colorido também (formaremos o cocar e a tanga do índio).
- Com marcadores de retroprojetor pinte o rosto do índio em cima do durex colorido.
- Faça
quantos índios desejar. Coloque o dedo indicador na abertura da
embalagem plástica, dê vida a eles e invente uma história para
encenarem: vale ter dança, corrida, caça e qualquer coisa que um índio
faça.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Embalagens Longa Vida
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Fantoche), Material Descartável (Embalagens Longa Vida), Nível de Dificuldade (Médio), Tipo de Animal (Cachorro)
Vamos precisar de:
- 1 embalagem longa vida
- Papel de seda e papel para embrulhar balas de coco
- Tesoura sem ponta
- Cola branca
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte com a tesoura uma embalagem longa vida – conforme ilustração –, como se fosse fazer o sapato de armadura (será postado mais adiante).
- Porém, vire a embalagem para baixo (o que era em cima no sapato, vai ficar embaixo no cachorro).
- Na parte de cima, com a tesoura, corte no meio e dobre para formar as orelhas do fantoche.
- Para
formar os pelos da boca do cachorro, cole um papel para embalar balas
de coco na frente da embalagem longa vida. Depois por cima deste, outro
papel para formar os pelos do lado.
- Corte três pequenos pedaços de papel de seda. Faça três bolinhas com eles e cole formando o nariz e os olhos.
- Com a sua mão, faça-o abrir e fechar a boca: ele pode latir, rosnar e até morder!
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Copos de Isopor
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Marionete), Material Descartável (Copos de Isopor), Nível de Dificuldade (Médio), Tipo de Animal (Vaquinha)
Vamos precisar de:
- 1 copo de isopor
- 1 copo de plástico para café
- 1 ferrinho revestido que fecha saco plástico de pão de forma
- Barbante
- 8 clips de papel
- Retalhos de tecido (tiras)
- Tesoura sem ponta
- Estilete (peça ajuda a um adulto ao usá-lo)
- 1 palito de churrasco para furar o isopor e ajudar na colocação do tecido
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte com o estilete o fundo do copo de isopor.
- Com
a ajuda de um palito de churrasco, faça um furo em cima e outro embaixo
na lateral do copo de isopor. Faça com a ajuda do estilete um furo na
borda do copo plástico de café. Passe o barbante por todos esses furos e
dê um nó no final unindo as pontas. Pinte o rosto da vaca no copo
plástico.
- Para
fazer os chifres da vaquinha, faça mais dois furos na testa (ao lado do
furo no copo de café) e passe o ferrinho revestido por eles.
- Pegue
os oito clips de papel e una-os dois a dois, para formar as quatro
pernas. Coloque dois pares de pernas na frente do copo de isopor e dois
pares atrás (fure e encaixe com o próprio clips conforme a ilustração).
- Com
um palito de churrasco, faça oito furos na parte de cima do copo de
isopor. Recorte oito tiras de tecido e com a ajuda do mesmo palito,
coloque-as nesses furos para formar os pelos da vaquinha.
- A sua marionete está pronta. Já pode brincar com ela.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Copos de Isopor
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Marionete), Material Descartável (Copos de Isopor), Nível de Dificuldade (Médio), Tipo de Animal (Porco Espinho)
Vamos precisar de:
- 1 copo de isopor
- Barbante
- 5 Palitos de churrasco divididos ao meio (peça ajuda a um adulto para cortá-los)
- 1 elástico de escritório
- Tesoura sem ponta
- Estilete (peça ajuda a um adulto ao usá-lo)
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte
com o estilete o fundo do copo de isopor (ele será o rosto da porco
espinho e o copo será o corpo). Pinte-os com os marcadores de
retroprojetor.
- Com
a ajuda de um palito de churrasco, faça um furo em cima e outro embaixo
na lateral do copo de isopor. Faça também um furo na testa do porco
espinho. Passe o barbante por todos eses furos e dê um nó no final
unindo as pontas. Não deixe de fazer dois outros furos nas laterais da
testa para as colocar o elástico de escritório (serão as orelhas do
porco espinho).
- Quebre
ao meio os cinco palitos de churrasco e enfie-os no copo de isopor
formando os espinhos do porco espinho. Os palitos de churrasco devem
entrar de um lado do copo de isopor e sair do outro lado (é mais fácil
fazer os furos com o lado pontudo do palito).
- Dá para andar com o porco espinho segurando-o pelo barbante.
Fantoches, Dedoches e Marionetes com Copos de Isopor
Nível de Dificuldade: Médio
Consulta: Categoria (Marionete), Material Descartável (Copos de Isopor), Nível de Dificuldade (Médio), Tipo de Animal (Ovelha)
Vamos precisar de:
- 1 copo de isopor
- 1 palito de churrasco
- Barbante
- 8 clips de papel
- Algodão
- Cola branca
- Tesoura sem ponta
- Estilete (peça ajuda a um adulto ao usá-lo)
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte com o estilete o fundo do copo de isopor (ele será o rosto da ovelha). Pinte com os marcadores de retroprojetor.
- Com
a ajuda de um palito de churrasco, faça um furo em cima e outro embaixo
na lateral do copo de isopor. Faça também um furo na testa da ovelha.
Passe o barbante por todos eses furos e dê um nó no final unindo as
pontas.
- Pegue
os oito clips de papel e una dois a dois, para formar as quatro pernas
da ovelha. Coloque dois pares de pernas na frente do copo de isopor e
dois pares atrás (fure e encaixe com o próprio clips conforme a
ilustração).
- Pegue
pequenos pedaços de algodão e cole-os no copo de isopor: a ovelha vai
ficar bem fofinha. Não esqueça das orelhas e do rabinho.
- Leve a ovelha para passear, segurando-a pelo barbante.
Maquetes com Rolos de Papel Higiênico
Nível de Dificuldade: Fácil
Consulta: Categoria (Maquete), Material Descartável (Rolos de Papel Higiênico), Nível de Dificuldade (Fácil)
Vamos precisar de:
- 7 rolos de papel higiênico
- 2 copos de isopor
- Durex colorido
- Tesoura sem ponta
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Corte
com o estilete o fundo de um dos copos de isopor para poder encaixá-lo
no rolo de papel higiênico mais alto e fazer o telhado da torre do
castelo. Una com durex colorido os dois copos de isopor pelo lado mais
largo e pinte-os com os marcadores de retroprojetor (faça as telhas).
Você vai encaixar o telhado por último.
- Com
os marcadores de retroprojetor desenhe as partes do castelo nos rolos
de papel higiênico. Não esqueça dos portões, reis, rainhas, torres,
janelas, carruagens, dragões, armaduras, lanças, espadas e tudo o mais
que existe num castelo.
- Agora
é só fazer com a tesoura dois cortes na parte de cima de três rolos
(base do castelo) e encaixar um quarto rolo nesses três primeiros. Siga a
ilustração para subir o castelo. Faça quantos andares quiser, mas
cuidado para que não caia. A base tem que ser mais larga.
- Leve
o castelo para a maquete da cidade. A sua cidade pode ser mais antiga
do que pensou ou ter um parque de diversões com um castelo!
Maquetes com Embalagens de Papelão
Nível de Dificuldade: Fácil
Consulta: Categoria (Maquete), Material Descartável (Embalagens de Papelão), Nível de Dificuldade (Fácil)
Vamos precisar de:
- Embalagens de papelão de tamanhos variados
- Rolos de papel higiênico e embalagens de leite fermentado
- Papel sulfite
- Tesoura sem ponta
- Durex e fita crepe
- Marcadores de retroprojetor
Siga passo-a-passo como fazer:
- Pegue várias embalagens vazias de papelão de tamanhos diferentes.
- Encape todas com papel sulfite como mostra a ilustração.
- Com
ajuda de marcadores de retroprojetor, fita crepe, embalagens de leite
fermentado e rolos de papel higiênico monte prédios, casas, clubes,
supermercados, cinemas, ponto de ônibus, pedestres, postes, viadutos e
tudo o mais que encontramos em uma cidade. Sua maquete vai ficar
completa.
Vou ser monge!
Hoje é o meu primeiro dia de aula com o Mestre Borboleta. Estou indo para a montanha onde ele mora com todos os seus discípulos.
O
Mestre é muito velhinho, cheio de sabedoria e ensina tudo o que sabe
aos mais novos como eu. E, não vejo a hora de começar a estudar,
conhecer meus colegas, fazer novos amigos e virar monge logo.
Eu sou o
primeiro dragão a ser aceito no mosteiro do Mestre Borboleta. Até hoje,
só aceitavam bichinhos pequenos como lagartas, borboletas, aranhas e
outros insetinhos. Mas, eu tenho dez anos, me chamo Nero, tenho dois
metros de altura, peso 100 quilos e estou super-feliz por estudar com o
Mestre.
Já pensei em tudo o que vou fazer quando chegar lá:
• darei uma baforada na caixa d’água e deixarei o ofurô de todos bem quentinho;
• nas noites de festa, vou comer batata-doce com repolho, bater na barriga e soltar fogos de artifício por trás;
• baterei as asas bem rápido pra ventilar os aposentos nas tardes de verão;
•
o meu pescoço comprido vai servir de escorregador para os discípulos
pularem no lago das carpas e os velhinhos não precisarão mais se cansar
andando pelas alamedas e jardins do mosteiro, pois eu os levarei de garupa de um lado pro outro;
• vou assar e grelhar os pratos do almoço e do jantar.
Vou ser um sucesso!
Pra
descontrair e quebrar o gelo vou chegar arrasando: treinei bastante e
entrarei ao som de música eletrônica e passos de hip hop.
Putz, mas
não contava com uma construção tão frágil. Tudo é tão delicado, que
quando cheguei ao portão, o mosteiro todo já tinha caído. Portas,
janelas, paredes e telhado: tudo no chão.
Foi um corre-corre danado:
gente saindo de tudo quanto era lugar e fugindo pra tudo quanto era
lado. Demorou pra perceberem que eu havia chegado e os mais velhos até
pensaram que estavam sendo atacados ou que se tratava de um terremoto.
O
Mestre Borboleta chegou, esclareceu o mal-entendido, todos se acalmaram
mas não conseguiram esconder o mal-humor por terem que reconstruir todo
o mosteiro novamente.
Fiquei com a fama de dragão estabanado que só
dava trabalho e trazia confusão. E, a partir daí, as coisas só pioraram:
as criancinhas choravam quando me viam e eu descobri que não ganharia
nunca a eleição do mais popular se houvesse uma.
Não foi exatamente o
que eu esperava para o primeiro dia de aula, pois todos me evitavam e
as tentativas de me dar bem em qualquer matéria, também não estava dando
muito certo: as aulas de origami pegaram fogo – literalmente – quando
me pediram pra soprar o balão que o Mestre ensinou; e nas aulas de
levitação e ioga, assustei todo mundo quando relaxei tanto, dormi e não
consegui segurar nem o ronco e muito menos o tombo.
As aulas de
culinária não foram diferentes: fazia sashimi numa boa, mas era só abrir
a boca pra tostar, grelhar ou cozinhar qualquer coisa que devia ser
crua. Nunca dava certo. Foi frustrante.
Mas teve um dia – na aula de
jardinagem – em que estávamos cultivando bonsais e criando ikebanas e eu
com as minhas unhas e dentes afiados de dragão, ia cortando e
esculpindo arranjos e dando formas às árvores com uma facilidade
incrível e, todos começaram a pedir que eu os ajudasse. Me animei, tomei
gosto e fiquei descuidado: não olhei onde pisei e dei meia-volta muito
rápido para atender a todos os chamados e assim, o meu rabo bateu na
mesa de arranjos, as ferramentas que estavam ali foram lançadas contra a
torre do relógio e ela caiu em cima da ponte do arco-íris que passava
em cima do lago das hortênsias. Na pressa de consertar as coisas,
coloquei o telhado da torre em cima da ponte, ergui um observatório no
lugar do lago e coloquei uma passarela na sala de chá.
Quando
terminei, estava tudo diferente e o mosteiro nem parecia o mesmo. Fechei
os olhos e esperei a maior bronca, mas – para minha surpresa –, todos
aplaudiram as minhas mudanças! Eles haviam adorado!
Acho que ninguém aguentava mais viver naquele mosteiro milenar sempre e sempre igual, há milhares e milhares de anos.
Fui
tão cumprimentado nesse dia, que não resisti e pulei de alegria. Aí, o
pavilhão do tai-chi-chuan – que ficava atrás –, não resistiu e caiu!
Antes que alguém pudesse reclamar e voltar a implicar comigo, o Mestre Borboleta pegou um tijolo, jogou para mim e disse:
— Vamos reformar esse pavilhão que já está muito pequeno e fora de moda!
Todos
gostaram tanto da ideia de reformar tudo, que foram me dando sugestões
uma atrás da outra: primeiro queriam um puxadinho ao lado de cada
dormitório pra terem uma banheira de hidromassagem no lugar do ofurô;
ar-condicionado e calefação em todos os quartos; esteiras e escadas
rolantes; janelas anti-ruídos e vidros fumês; novos estilos de torres,
muros, telhados e desenhos nos arbustos.
Todos queriam um castelo mais moderno. Queriam que tudo fosse remodelado.
O
Mestre Borboleta – que não esperava tantas mudanças de uma só vez, pois
era o único que ainda gostava de uma tradição milenar – já não sabia
onde estaria o seu quarto no dia seguinte, se na ala norte ou na sul, e
nem onde seriam feitos a meditação e o ritual do chá de todas as manhãs.
O mosteiro e os monges estavam irreconhecíveis.
Mas
– pra preservar um pouquinho da história e deixar o Mestre mais feliz
–, tombaram como Patrimônio da Humanidade a ala oeste do mosteiro – a do
sol poente –, e por isso não podemos mexer ali e, o Mestre Borboleta já
se mudou para lá.
O melhor de tudo é que não preciso mais me
preocupar se os outros gostam – ou não – de mim, pois tenho certeza de
que agora, já aceitam o meu jeito dragão de ser.
Eu descobri, também, o que vim estudar no mosteiro: arquitetura!
Acho que não levo jeito pra monge, mas sem dúvidas levo jeito para demolições e construções.
E
a história não termina por aqui, agora que pedimos delivery (além da
tradicional cozinha japonesa), e somos fãs de um supermercado todo
fim-de-semana, sobra muita embalagem reaproveitável no mosteiro e então,
usamos todo esse excesso de material descartável pra fazer maquetes
antes de reformar!
Já temos até um Teatro e fazemos vários fantoches, dedoches e marionetes também.